Dispôr de uma mão de obra com as competências capazes de dar resposta às necessidades do mercado contribui para o crescimento sustentável, conduz a mais inovação e melhora a competitividade das empresas.
Assim, através do Ano Europeu das Competências a Comissão Europeia propõe, em cooperação com o Parlamento Europeu, Estados-Membros, parceiros sociais, serviços de emprego públicos e privados, Câmaras de Comércio e Indústria, prestadores de ensino e formação, trabalhadores e as empresas, dar um novo impulso à aprendizagem ao longo da vida através de medidas como:
_ Promover um investimento acrescido e mais eficaz e inclusivo na formação e na melhoria de competências, a fim de aproveitar todo o potencial da mão de obra europeia e apoiar as pessoas na transição de um emprego para outro;
_ Assegurar que as competências são pertinentes para as necessidades do mercado de trabalho, cooperando também com os parceiros sociais e as empresas;
_ Adequar as aspirações e as competências das pessoas às oportunidades no mercado de trabalho, especialmente no que diz respeito às transições ecológica e digital e à recuperação económica. Será dada especial atenção à ativação de um maior número de pessoas para o mercado de trabalho, com destaque para as mulheres e os jovens, em especial os que não trabalham, não estudam, nem seguem qualquer formação;
_ Atrair pessoas de países terceiros com as competências de que a UE necessita, nomeadamente reforçando as oportunidades de aprendizagem e a mobilidade e facilitando o reconhecimento das qualificações.
Para o Ano Europeu das Competências, podemos tirar partido das numerosas iniciativas da UE já em curso que apoiam o desenvolvimento de competências e aumentam a sua aceitação, nomeadamente:
_ No âmbito desta estratégia em matéria de competências, mais de 700 organizações já aderiram ao Pacto para as Competências e foram criadas 12 parcerias em grande escala em setores estratégicos, com compromissos que contribuem para melhorar as competências de até 6 milhões de pessoas;
_ A Comissão propôs igualmente novas iniciativas para dar resposta à escassez de competências na UE e melhorar a cooperação em matéria de migração. A implantação de uma reserva de talentos UE e de parcerias para atração de talentos com parceiros terceiros selecionados contribuirá para adequar as competências dos candidatos a trabalhar na Europa às necessidades do mercado de trabalho. Trata-se de um resultado fundamental no âmbito do Novo Pacto em matéria de Migração e Asilo;
_ A Plataforma Europeia para as competências e o emprego na área digital é uma iniciativa lançada no âmbito do programa do Mecanismo Interligar a Europa. A plataforma oferece informações e recursos sobre competências digitais, nomeadamente uma ferramenta de autoavaliação de competências digitais, bem como oportunidades de formação e de financiamento;
_ A Coligação da UE para a criação de competências e emprego na área digital visa colmatar o défice de competências digitais, reunindo os Estados-Membros, os parceiros sociais, as empresas, as organizações sem fins lucrativos e os prestadores de serviços de educação, a fim de aumentar a sensibilização e incentivar as organizações a tomarem diferentes medidas para incentivar a formação em competências digitais, nomeadamente através do compromisso de impulsionar as competências digitais.