A empresa SCIVEN, em conjunto com uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, desenvolveu um sistema inovador que permite que os seus utilizadores reduzam até 70% os custos com o consumo de energia (térmica e eléctrica), ao mesmo tempo que minimizam a sua pegada ecológica em emissões de CO2 associadas.
Vocacionado para utilizadores com consumos intensivos de energia, como são os empreendimentos turísticos, este sistema pode representar uma poupança anual de dezenas de milhares de euros para um empreendimento de média dimensão.
O projeto piloto desenvolvido pela SCIVEN com o Six Senses Douro Valley, que demonstra o impacte financeiro e ambiental desta abordagem, foi distinguido como vencedor da edição 2020/2021 do NEWTON 4.0 – New Tourism Opportunities & Network, um programa internacional de inovação aberta, promovido pelo IPN Incubadora em articulação com a RIERC (Rede de Incubadoras de Empresas da Região Centro) e a Turismo Centro de Portugal.
O sistema assenta sobre uma tecnologia de cogeração desenvolvida por este consórcio, com o apoio financeiro do Portugal 2020 e da Agência Nacional de Inovação, S.A., que permite produzir em simultâneo energia térmica e eléctrica, a partir da utilização de biomassa como fonte de energia, renovável, obtida de forma sustentável e neutra em termos de emissões de CO2.
A sua aplicação faz-se através da reformulação das centrais de produção de energia térmica atuais, substituindo ou colocando em reserva as caldeiras de produção de água quente, que maioritariamente utilizam gás, uma fonte de energia com um elevado custo financeiro e ambiental.
O sistema produz toda a energia térmica que os seus clientes necessitem. No caso de empreendimentos turísticos, esta energia é utilizada em vários processos, como água quente sanitária, aquecimento de piscinas e SPAs e climatização de espaços.
Simultaneamente, a tecnologia de cogeração “aproveita” a necessidade de produzir energia térmica como uma oportunidade de, através de uma fonte de energia 100% renovável e através de um processo de alta eficiência, produzir também eletricidade para consumo local, instantâneo, reduzindo assim a necessidade de importação de energia da rede pública e consequentemente a fatura e o impacte ambiental associados. Contribui-se assim significativamente para a descarbonização da operação do utilizador.