Os cartões que usamos todos os dias para pagamentos, assim como aqueles que são utilizados no alojamento turístico para gestão do acesso a quartos, são mais do que um simples pedaço de plástico. Estes cartões, por terem chips eletrónicos, bandas magnéticas ou antenas, não podem ser reciclados; ou pelo menos, não de uma forma normal, no ecoponto das embalagens. Neste cenário, estes cartões acabam no lixo comum e, consequentemente, em aterros.
Cada um destes cartões gera, com o seu fabrico, aproximadamente 150 gramas de CO2, o que é um impacto ambiental muito considerável, se pensarmos que existem, além dos cartões de acesso, cartões bancários, de fidelização de lojas, gasolineiras ou supermercados. A
Contisystems estima que mais de 12 milhões de cartões são inutilizados anualmente, o que equivale sensivelmente a 75 toneladas de resíduos em apenas um ano.
Foram estes números que levaram à criação do
Movimento Merece pela Contisystems, uma das maiores empresas fornecedoras deste tipo de cartões. O
Merece é o
Movimento Empresarial para a Reciclagem de Cartões com Componentes Eletrónicos, e o seu objetivo é reunir o maior número possível de emissores de cartões para transformar os resíduos dos seus cartões em matéria-prima para a construção de mobiliário urbano, e compensar a sua pegada de carbono.
Para o conseguir, o Movimento Merece conta com a ajuda de uma empresa que se dedica à construção de mobiliário urbano e de praia a partir de resíduos de plástico que, através de um processo de extrusão, o transforma em perfis. Já para compensar a pegada de carbono, conta com uma entidade que planta uma árvore por cada quilo de cartão recolhido e assegura a sua manutenção por 5 anos.