O astroturismo assume-se como um segmento singular da atividade turística uma vez que conjuga ciência, lazer e contemplação do cosmos, encontrando terreno fértil em territórios com baixa poluição luminosa, onde o céu noturno se apresenta como um recurso natural de excelência.
Através da observação e compreensão do céu noturno, o astroturismo tem registado uma procura crescente, proporcionando experiências autênticas e diferenciadoras em territórios de baixa densidade que preservam os seus recursos endógenos, assumem práticas sustentáveis, nomeadamente de eficiência energética. Por outro lado, estes territórios oferecem ao visitante não apenas a observação das estrelas, mas também a imersão em culturas locais, tradições e paisagens preservadas.
Mais do que uma atividade contemplativa, o astroturismo constitui uma oportunidade de educação científica e de sensibilização ambiental. Experiências como visitas a observatórios, percursos noturnos guiados ou atividades de fotografia astronómica transformam o simples ato de observar o céu numa vivência cultural e pedagógica. Deste modo, a valorização do património imaterial associado ao céu estrelado reforça a identidade do destino e cria produtos turísticos de elevado valor acrescentado, distintivos e qualificadores.
Pela sua especificidade, contribui para o desenvolvimento regional já que diversifica a economia local, prolonga a estadia média dos visitantes e atenua a sazonalidade. Incentivando práticas sustentáveis, revela-se, não apenas como produto turístico inovador, mas também como motor de coesão territorial e de valorização dos recursos endógenos.
